O que são os agentes de IA?
Nova geração de inteligências artificiais entrega mais autonomia em tarefas

Os agentes de IA são uma evolução das inteligências artificiais que utilizamos no nosso dia a dia. Nos últimos anos, a popularização dos chatbots com modelos de linguagem expandiu o uso da IA generativa em diversas plataformas, canais de comunicação, aplicativos e recursos online. E você provavelmente já interagiu com alguma delas, como o ChatGPT ou Gemini, por exemplo, não é mesmo? Agora, imagine uma nova geração de inteligência artificial que além de responder os seus comandos, também pode agir por conta própria. Esses sistemas são chamados de agentes de IA.
Os agentes de inteligência artificial são sistemas de software capazes de observar, pensar, planejar e agir com um certo nível de autonomia. Essas tecnologias usam a IA para atingir objetivos definidos pelos usuários, como buscar informações, resolver problemas ou executar tarefas. Alimentados por modelos de inteligência generativa e tecnologias multimodais — que entendem texto, voz, imagem, código e muito mais — esses agentes conseguem aprender com o tempo, tomar decisões sozinhos e até se coordenar com outros agentes para concluir tarefas mais complexas.
Como funcionam os agentes de IA?
Os agentes de IA funcionam como um sistema inteligente que basicamente recebe metas definidas, interpreta o ambiente ao seu redor e age de forma autônoma para alcançá-las. Esse processo começa com a definição de um objetivo, geralmente fornecido por um humano, que o agente desdobra em pequenas tarefas executáveis. Para isso, ele observa o ambiente — seja por meio de sensores físicos, consultas de texto ou análise de dados — e coleta informações relevantes. A partir dessas percepções, o agente usa raciocínio lógico para analisar dados, identificar padrões e planejar ações.
Essa capacidade de planejar e agir com base em evidências e contexto permite que ele tome decisões fundamentadas e adapte seu comportamento conforme necessário. Além da autonomia, os agentes de IA se destacam por atributos como memória, colaboração e autoaprimoramento. Esse tipo de inteligência artificial pode manter memória de curto e longo prazo, lembrar de interações anteriores, aprender com a experiência e até ajustar suas estratégias com base em feedback. Muitos também têm uma “persona” definida que orienta seu estilo de comunicação e comportamento ao longo do tempo.
Outra característica fundamental é o uso de ferramentas externas, como acesso à internet, sistemas de banco de dados ou outras interfaces digitais para basear e ampliar sua capacidade de ação. Juntos, esses elementos formam um fluxo contínuo: definir metas, adquirir informações, implementar tarefas e avaliar resultados — tudo isso de forma dinâmica, proativa e cada vez mais eficiente. O desenvolvimento de agentes de IA é baseado em modelos de linguagem grandes (LLMs), atuando como seu “cérebro” ao permitir que eles tenham a capacidade de compreender, processar as informações, raciocinar e agir de acordo com os objetivos pré-estabelecidos.
Os assistentes virtuais e chatbots que temos disponíveis hoje em dia conseguem receber comandos, fornecer respostas e automatizar tarefas simples, como é o caso do ChatGPT, do Gemini e do Meta AI, por exemplo. Porém, os agentes de IA se diferenciam porque podem ir além e realizar ações complexas, de maneira autônoma e proativa com aprendizado e adaptação. E toda essa tecnologia já está começando a ganhar o mercado. O lançamento de plataformas como o Copilot Studio da Microsoft e o Vertex AI Agent Builder do Google Cloud possibilita a criação de novos agentes de IA. Enquanto isso, a OpenAI lançou o agente do ChatGPT que integrou a plataforma conhecida com o Operator, lançado no início desse ano.
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